No cenário digital atual, a segurança cibernética deixou de ser uma preocupação exclusiva das grandes corporações.
Empresas de pequeno e médio porte estão cada vez mais na mira de cibercriminosos, tornando-se alvos frequentes de ataques sofisticados.
Segundo um relatório da Accenture, 43% dos ataques cibernéticos são direcionados a pequenas e médias empresas, mas apenas 14% estão preparadas para se defender.
Este guia abrangente oferece as melhores práticas de segurança cibernética para PMEs, ajudando você a focar no crescimento do seu negócio com tranquilidade.
A avaliação de risco em segurança cibernética tem, portanto, como principal objetivo identificar, analisar e dimensionar as possíveis vulnerabilidades e ameaças que podem, assim, comprometer os sistemas, dados e a infraestrutura de TI da organização.
Em uma analogia simples, podemos comparar esse processo a um exame de raio-X: uma ferramenta que possibilita, dessa forma, a visualização dos pontos de fragilidade e dos potenciais riscos que a organização pode enfrentar no ambiente digital.
Uma avaliação completa dos riscos envolve:
A avaliação de risco é o primeiro passo para garantir a integridade dos ativos digitais e proteger a empresa contra possíveis invasões cibernéticas. Para as PMEs, a avaliação de risco oferece uma abordagem estruturada para, assim, entender e mitigar riscos de segurança, permitindo, dessa forma, uma alocação mais eficiente de recursos limitados.
Um dos pilares fundamentais da segurança cibernética para PMEs é, sem dúvida, a implementação de controles de acesso eficazes. Esses controles são essenciais para garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a sistemas e dados sensíveis. Vamos, a seguir, explorar três componentes críticos dos controles de acesso: gerenciamento de identidade e acesso, autenticação multifatorial e, além disso, política de senhas.
Um sistema IAM robusto permite a automatização do provisionamento e desprovisionamento, ou seja, a criação, modificação e remoção de contas de usuário, reduzindo os riscos de acesso não autorizado.
Este gerenciamento baseia-se no princípio do menor privilégio, concedendo aos usuários apenas os acessos necessários para suas funções, minimizando o impacto de uma conta comprometida.
O gerenciamento de identidade e acesso também facilita a auditoria e a conformidade, mantendo registros detalhados de quem acessou, que recursos e quando.
A Autenticação Multifatorial (MFA) é uma evolução da autenticação de dois fatores, proporcionando camadas adicionais de segurança. Esta tecnologia pode combinar:
Além disso, a MFA pode se adaptar ao contexto, como a localização do usuário, o dispositivo utilizado ou a sensibilidade dos dados acessados. A MFA pode ser estendida para todos os aplicativos críticos da empresa, não apenas para o acesso à rede.
Uma política de senhas eficaz é, sem dúvida, fundamental, mesmo com a presença da MFA. Afinal, uma boa senha exige complexidade, com um número mínimo de caracteres que inclui uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos. Além disso, deve-se evitar o uso de senhas comuns, que, assim, podem ser conhecidas ou facilmente adivinhadas.
A política deve incluir a rotação de senhas, mas sem mudanças muito frequentes que possam levar os usuários a escolher senhas fracas ou anotá-las em lugares de fácil acesso.
Os gerenciadores de senhas podem ser ferramentas úteis incentivadas para ajudar os colaboradores a manter senhas únicas e fortes para cada conta.
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O firewall é considerado a primeira linha de defesa contra ameaças cibernéticas externas, atuando como um porteiro digital que, por sua vez, monitora e controla o tráfego de rede com base em regras de segurança predefinidas. Além disso, ele executa funções críticas, como a filtragem de pacotes, inspeção de estado, proxy de aplicação, bem como a manutenção de registros e relatórios.
A implementação eficaz do firewall envolve, acima de tudo, uma configuração cuidadosa, com regras claras e específicas baseadas no princípio do menor privilégio. Por isso, considere a implementação de Firewalls de Próxima Geração (NGFWs), que oferecem recursos avançados, incluindo, assim, a prevenção de intrusões, filtragem de conteúdo e também proteção contra malwares avançados.
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A segmentação da rede é uma estratégia que consiste em dividir uma rede em subgrupos menores, otimizando significativamente a segurança e o desempenho. Essa segmentação proporciona benefícios como a contenção de ameaças, controle de acesso granular, melhoria de desempenho e facilita o processo de conformidade com regulamentações específicas da indústria.
As atualizações regulares e o gerenciamento eficaz de patches não são apenas uma recomendação, mas uma necessidade crítica para manter a integridade e segurança dos sistemas.
Além de fortalecer a segurança, as atualizações frequentemente trazem melhorias de desempenho, corrigindo bugs que afetam a estabilidade e funcionalidade dos sistemas. Isso não apenas otimiza as operações diárias, mas também contribui para uma melhor experiência de usuário.
A automação é, sem dúvida, uma boa estratégia no gerenciamento de patches. Utilizar ferramentas especializadas para automatizar o processo não apenas economiza tempo, mas também reduz a margem de erro humano. Além disso, para sistemas não críticos, configure atualizações automáticas para garantir que, dessa forma, os sistemas permaneçam protegidos sem a necessidade de intervenção manual constante.
Além disso, é importante classificar os patches com base em sua criticidade e potencial impacto. Dessa forma, sistemas que lidam com dados sensíveis ou são expostos externamente devem, assim, receber prioridade máxima nas atualizações. Para minimizar o impacto nas operações, estabeleça janelas de manutenção programadas para a aplicação de patches.
Sistemas legados podem não suportar atualizações mais recentes, exigindo soluções criativas como isolamento de rede ou virtualização. A interrupção potencial dos negócios durante as atualizações é uma preocupação que deve ser priorizada. Por isso é essencial ter um planejamento cuidadoso e planos de rollback.
O backup de dados envolve, acima de tudo, a criação de cópias armazenadas em locais seguros e separados dos dados originais. No entanto, um sistema de backup eficaz não se limita apenas a salvar arquivos; ele também preserva a integridade operacional da empresa, protegendo desde documentos críticos e registros financeiros até mesmo comunicações com clientes e propriedade intelectual.
Essa prática, além disso, serve como uma rede de segurança contra uma variedade de ameaças, incluindo, assim, falhas de hardware, ataques cibernéticos, erros humanos e até desastres naturais. Por isso, ao desenvolver uma estratégia de backup, as PMEs devem considerar:
Já o plano de recuperação de desastres detalha os processos e procedimentos para restaurar os sistemas e dados da empresa em caso de perda ou corrupção. Dessa forma, um plano eficaz de recuperação deve incluir:
A implementação de backups automatizados pode, dessa forma, reduzir significativamente o risco de erro humano, garantindo, assim, maior consistência no processo. Além disso, soluções de backup baseadas em nuvem oferecem ainda mais vantagens, como escalabilidade e acessibilidade remota, além de recursos avançados de segurança e criptografia.
A tecnologia sozinha não é suficiente para proteger uma empresa contra ataques cibernéticos. Afinal, a verdadeira força de defesa da organização está em sua cultura de segurança — um conjunto de valores, conhecimentos e comportamentos compartilhados que, assim, colocam a segurança da informação no centro de todas as operações.
Por outro lado, a cultura de segurança começa justamente com a compreensão de que todo e qualquer membro da organização é, portanto, responsável pela proteção dos ativos digitais da empresa. Dessa forma, essa mentalidade coletiva transforma a segurança cibernética de uma responsabilidade isolada do departamento de TI em um esforço organizacional.
Além disso, educação e treinamentos contínuos devem envolver os colaboradores de maneira criativa e relevante, utilizando uma variedade de métodos como simulações de phishing, jogos interativos e estudos de caso do mundo real.
Compartilhar regularmente informações sobre ameaças e incidentes de segurança (respeitando a confidencialidade) também é uma boa estratégia para manter todos informados e engajados.
Uma cultura de segurança robusta também se estende além das paredes da empresa. Educar clientes, fornecedores e parceiros sobre práticas de segurança não apenas protege a cadeia de valor da empresa, mas também posiciona a organização como um líder responsável em seu ecossistema de negócios. Isso pode se traduzir em vantagem competitiva, especialmente em setores onde a confiança e a segurança dos dados são preocupações essenciais.
Para PMEs que estão apenas começando sua jornada de cultura de segurança, pode ser útil começar com passos pequenos, mas significativos. Isso pode incluir a implementação de políticas básicas de senhas fortes, treinamentos regulares de conscientização sobre phishing e a criação de um comitê de segurança multidisciplinar.
À medida que a maturidade de segurança cresce, práticas mais avançadas podem ser introduzidas gradualmente. Implementando estas melhores práticas, você não apenas protege seu negócio, mas também ganha uma vantagem competitiva no mercado digital.
Essas iniciativas podem ser a diferença entre vulnerabilidade e resiliência em um mundo digital em constante ameaça.
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